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Resistência

A derrota militar dos revolucionários permitiu aos chefes militares – Carmona, o Presidente do Governo e Passos e Sousa seu ministro da Guerra – proceder a uma “limpeza” de todos os resquícios revolucionários e ensaiar mesmo uma tentativa de aliciamento do republicanismo moderado. 
Um ano e poucos meses depois da “Revolução de 3 de Fevereiro de 1927”, a organização das oposições anti-ditatoriais era frágil, tanto no plano civil como no campo militar. A disposição para fazer sair a Revolução coube no exterior à “Liga de Paris” e no interior a um Comité Revolucionário. Mas os seus principais dirigentes e o Comité Revolucionário seriam presos em maio pelas polícias da ditadura.
Fevereiro de 1927
Os acontecimentos da Revolta de 3 de Fevereiro no Porto e de 7 de fevereiro em Lisboa causaram cerca de 200 mortos e quase um milhar de feridos. Aceda a imagens das destruições provocadas pelos combates que ocorreram em Lisboa, sendo importante assinalar que foi utilizada artilharia pesada, artilharia da Marinha e ainda bombardeamentos aéreos. 
Para combater a descoordenação da “Revolta de 3 de Fevereiro de 1927”, o movimento revolucionário de 1928 tinha estabelecido ramificações a nível nacional – que, no entanto, não chegaram a contribuir decisivamente para o movimento revolucionário. As tropas governamentais conseguiram aniquilar rapidamente as intenções dos revoltosos.
Fevereiro de 1927
Apontamentos cronológicos com referência ao jornal "Diário de Lisboa" de 14 de fevereiro de 1927
Fevereiro de 1927
Já dominada pela censura e outras medidas repressivas, quase toda a imprensa alinha com a ditadura: "O governo tem que adoptar as medidas necessárias para exterminar o espírito revolucionário, obrigando os ódios a perpétua clausura" (Diário de Lisboa, 14 de fevereiro de 1927)
A segunda derrota do Reviralho em pouco mais de um ano conduziu a um reforço da “Situação”. A resposta política da Ditadura não se fez esperar e, com a imprensa a dar cobertura à ação de Salazar, amplificando-a e glorificando-a, o governo aprova o Decreto n.º 15790, que "estipula as sanções a aplicar aos militares e civis implicados na Revolta do Castelo.
1953-1954
O Hino de Caxias resultou do trabalho coletivo de quantos se encontravam presos numa cela daquela cadeia e num momento agudo de luta contra os carcereiros - evidenciado pelos castigos em "cela disciplinar" que vários deles sofreram nessa época (finais de 1953 e início de 1954).A música do Hino de Caxias é da autoria de Vasco da Costa Marques, seguindo a ideia dos companheiros de cela, que queriam marcar o ritmo com as tairocas de madeira (tamancos de sola de madeira e couro forte), batendo no chão, enquanto cantavam.