Este hino do movimento operário italiano, também designado Avanti Popolo, foi escrito por Carlo Tuzzi em 1908 e musicado a partir de canções tradicionais da região da Lombardia. Com cadência militar, foi frequentemente utilizado pelo movimento socialista e pelo movimento comunista, designadamente durante as lutas contra a ascensão fascista em Itália e daí o refrão apresentar duas variantes: "Evviva il socialismo e la libertà" e "Evviva il comunismo e la libertà".
A sua divulgação em Portugal não excederia, quase sempre, as duas primeiras estrofes.
Canções de Resistência
Este "Fado Anarquista", sobre música do fado corrido, de autor popular, é interpretado por João Salustiano Monteiro (que adotou o nome artístico de João Black). Tipógrafo e sindicalista ativo, teve participação significativa no movimento libertário, participando em alguns dos seus principais congressos. Escreveu o hino revolucionário "A Batalha" que o Maestro Del Negro musicou (ver em anexo imagens da respetiva edição, conforme publicado pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo):
O Fado Operário, cantado por Luciana Costa, foi gravado em Pias, Serpa, Beja, a 22 de Abril de 2019.
A letra refere-se essencialmente aos operários agrícolas. Fado sobre música do fado sevilha, da autoria de Jaime Tiago dos Santos (Pai).
(Realização: Tiago Pereira; Som: Cristina Enes Garcia; Produção: Casa do Cante)
1938
Si me quieres escribir, também conhecida como El frente de Gandesa, é uma das canções da Guerra Civil Espanhola mais famosas, tendo sido composta durante a Batalha do Ebro, em 1938.
Em Portugal, sobretudo em meios estudantis, era conhecida através de alguns discos que a tinham recuperado.
Interpretação de Rolando Alarcón.
A canção No Passarán exprime de modo direto a palavra de ordem da defesa republicana de Madrid contra as tropas de Franco e os seus mouros.
Esta e outros canções da Guerra Civil Espanhola tiveram, naturalmente, grande impacto em Portugal, apesar da dura repressão que aqui acompanhou toda essa época.
Interpretação de Rolando Alárcon
1953-1954
O Hino de Caxias resultou do trabalho coletivo de quantos se encontravam presos numa cela daquela cadeia e num momento agudo de luta contra os carcereiros - evidenciado pelos castigos em "cela disciplinar" que vários deles sofreram nessa época (finais de 1953 e início de 1954).
A música do Hino de Caxias é da autoria de Vasco da Costa Marques, seguindo a ideia dos companheiros de cela, que queriam marcar o ritmo com as tairocas de madeira (tamancos de sola de madeira e couro forte), batendo no chão, enquanto cantavam.